Quando pensares que me descobriste, pensa outra vez…
Sei que nunca fiz grande sentido para ti e até hoje não faço. Não querias gostar, mas gostaste. Não tiveste outra hipótese, o complicado fascina-te e prende-te de uma forma incontrolável. Sou aquela que te tira do sério por completo, que te arranca as palavras da boca antes de as pensares sequer, que te faz querer tudo aquilo que não devias querer, que te rouba um sorriso sem qualquer aviso. Sou um sim e não constante, um alto e baixo, um enigma. Quando pensares que me descobriste, pensa outra vez.
Dizem que toda a gente tem segredos, alguns escondidos até de nós próprios. O teu sou eu. Nunca vais admitir a falta que te faço por razões que prometo não contar a ninguém, mas a cada dia que passa as dúvidas surgem e aquela estúpida vontade não desaparece. És daqueles que quer viver, mas não sabe como. O mundo dá tantas voltas que seria lógico que uma delas te fizesse feliz. Só que após cada volta que o mundo dá acabas por estar exatamente no mesmo sítio e nada te deixa mais frustrado e perdido.
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– Quanto menos pessoas souberem, mais feliz serás
– Para ser feliz, tu vais ter que ignorar muitas coisas… e pessoas!
Isto é tudo aquilo que nunca me dirás, apesar da tua cabeça não te deixar calar a realidade. Diz-me, o que é que acontecia se eu desse dois ou três passos em frente e ficássemos olho no olho, lábios bem perto, respiração acelerada, raciocínio ausente? Eu sei a resposta, mas tu sabes? Claro que não. Até quando pensas que sabes não sabes. E é assim que vais continuar pelas tais razões que prometo não contar a ninguém. Era bom ter uma certeza no meio de tantas dúvidas, não era? Era bom teres o controlo do teu lado, não era?