Não sei quantos dias é que te quis.

    Não sei quantos dias é que te quis.

    Às vezes esqueço-me de ti.
    Esqueço-me da tua cara, da tua voz, e as coisas vão assentando normalmente.
    Começo a conhecer pessoas, faço de conta que estou a rir com vontade, e por momentos, todos os dias em que me lembrei da tua cara e da tua voz, passam-me ao lado.
    Esqueço-me de te ver em quem não és.
    Esqueço-me do que falas e no que acreditas.
    São sempre os cinco minutos mais bonitos que tenho.
    Aqueles em que por instantes, tu teres entrado na minha vida, não me condiciona a vontade de querer continuar em frente.
    São só cinco minutos.
    Quase tão iguais, aos que ficaste.
    Cinco minutos de sorrisos, cinco minutos de promessas, cinco minutos de “Talvez”.
    Cinco minutos de “Estou a chegar”, cinco minutos de “Um dia fico”.
    Nunca estiveste quase a chegar, e quase nunca ficaste.
    Estou tão farta de te ver em todo o lado.
    Já gostei tanto, e já quis tanto, mas nunca sombra de ninguém tirou-me tanto tempo da luz como a tua.
    Os cinco minutos passam, e as coisas voltam a ganhar o mesmo sabor.
    É demasiado baixo, é demasiado igual, é demasiado pouco.
    Sabe a pouco, nem tenho interesse em saber o sabor.
    E de repente, és tu outra vez.
    É o teu jeito de ser, é a tua cara, és tu.
    Não fala igual, não diz o que não quero ouvir, é tão normal.
    E lá estás tu, mais uma vez, à minha frente, quando não o estás.
    Será que se chegar a algum lado, e disser “Vejo alguém onde nunca está”, tem nome?
    Passo a maluca, deixo de ser escritora e sou só uma mulher que vê coisas onde elas não existem.
    É que somos tantas.
    Somos as namoradas que vêem um namorado onde não existe amor, somos as mães que vêem pais que nunca ficaram, somos as outras, que vêem relações onde não há espaço para mais ninguém.
    Somos as apaixonadas em praias vazias, somos umas contra as outras porque em algum dia, houve alguém igual a ti, que sem avisar e sem pedir, ficou sem nunca ter ficado.
    A minha mãe partiu-se porque tentou encontrar o meu pai, em todos os sítios onde ele nunca ficou.
    O meu pai, partiu-se porque se deixou ficar em sítios onde nunca quis ficar.
    Por isso, se todos procuramos alguém que não existe, como é que alguém igual a ti, existiu num espaço, que nunca aconteceu?
    Então, talvez, se chegar em algum lado e disser “Estou sempre a ver o mesmo homem em corpos que não são dele”, só me sorriam e me digam “Faz parte de quem ama demais.”
    Secalhar, com muita sorte, mandam-me fazer uns testes.
    Perguntam-me o que bebi, se consumi drogas,ou se já passei por situações semelhantes.
    “Não, nunca passei.”

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    Não te esqueças de mim.
    Ela vai fazer tudo por ti… mas se tu não valorizares, ela só vai fazer isso até um dia.

    Passo por pouco certa, porque ninguém te viu como eu te vi.
    Ninguém quis perder tanto a memória, e ninguém bateu tantas vezes com a cabeça na parede, por querer parar te de te encontrar.
    Secalhar sou mesmo louca.
    Desculpa amor.
    Não há um dia em que te queira menos do que te quis ontem.
    Já se passou tanto tempo, e o tempo quase que não passa.
    Já vivi tanto, e mesmo assim, a vida começou desde que te tentei encontrar.
    Já perdi a conta, aos dias em que te quis.

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