Mulheres portuguesas estão mais cansadas, infelizes e são mais mal pagas.

    As mulheres portuguesas estão mais cansadas, infelizes e são mais mal pagas. A vida laboral da maioria das mulheres portuguesas estão infelizes e dois terços não ganham mais do que 900 euros líquidos por mês, de acordo com um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos.

    Cada vez mais instruídas, a remuneração não é compatível com as capacidades e a maioria delas vive infeliz e cansada com a vida profissional e pessoal.

    O trabalho teve em conta uma amostra de 2428 mulheres (representativas de cerca de 2,7 milhões), com idades entre 18 e os 64 anos, residentes em Portugal e que utilizam a internet de forma regular.

    Foram analisados aspectos como emprego, vida doméstica, situação económica, relação com a pessoa parceira, entre outras.

    A maioria considera que o companheiro é parte essencial das suas vidas e que mais influencia a sua felicidade.

    Em 46% dos casais portugueses, a mulher aufere menos rendimentos do que o companheiro – apenas em 15% dos casos ela obtém mais. Dois terços têm rendimentos que não ultrapassam os 900 euros líquidos mensais e 86% tem vínculo contratual instável.

    “A crise económica do país, que afectou sectores maioritariamente masculinos (como o da construção) e que fez diminuir a distância de rendimentos entre homens e mulheres”, disse em entrevista Heloísa Perista, consultora científica deste estudo.

    O estudo permite dizer ainda que entram no mercado de trabalho aos 20 anos, saem de casa dos pais por volta dos 23 e foram mães aos 27 anos. Mas ajuda também a concluir que não está feliz.

    Estas são conclusões que dizem respeito ao campo profissional, mas também doméstico e podem ser justificadas “se tivermos em conta o escasso tempo que muitas mulheres dispõem para si próprias nos dias úteis”, lê-se ao DN.

    A especialista Heloísa Perista alerta que o trabalho doméstico ainda é “uma sobrecarga que continua a recair sobre as mulheres, que se reflete nos seus níveis de bem-estar, na sua saúde e no tempo que as mulheres tiram para si.

    Hoje, não é tanto ao nível do trabalho de prestação de cuidados, nomeadamente relativo às crianças pequenas, que a assimetria de género é mais evidente. A grande diferença situa-se em relação ao trabalho doméstico”, disse.

    Para ela “Tem de se começar no sistema educativo, de formação, nos meios de comunicação e nas mensagens publicitárias – porque ainda há, de forma geral, muito a fazer relativamente à transmissão de mensagens que contribuam para tornar mais equitativa a partilha destas responsabilidades domésticas”, explica.

    Créditos: DN

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