És a minha maior teimosia…
Tu sabias perfeitamente que aquela mensagem ia chegar. Não sabias quando nem muito bem porquê, mas sabias que ela ia chegar. Tu sabias, porque sempre fomos o melhor e o pior um do outro, sempre nos protegemos quando ironicamente somos os responsáveis pelas maiores cicatrizes, sempre voltámos ao mesmo sítio por mais que a vida nos tenha empurrado para longe e é mais do que certo que ela tentou. És a minha maior teimosia e eu sei que sou a tua. Por isso é que também sei perfeitamente o que tu sabias: que aquela mensagem ia chegar.
Qual é a parte de “apenas amigos” que nós ainda não entendemos? Juro que ou somos muito ridículos ou muito apaixonados ou os dois para continuar a insistir em colar os pedacinhos de uma coisa que nós próprios mandámos ao chão e ainda fizemos questão de pisar. A última vez era para ser mesmo a última vez. Contudo, aquela mensagem chegou. A sério, o que é que estamos a fazer? Para quê fugir e fingir mais um bocadinho? Para quê voltar, mas nunca ficar? Para quê aquela mensagem?
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Disseram-me que o tempo faz esquecer tudo, mas eu não me tenho esquecido de ti. Nem um bocadinho. Parece, não parece? Eu sei. Sempre fui boa a fingir que não sinto absolutamente nada quando sinto tudo. Só quando estás por perto é que todas as minhas tentativas de fingir que não te quero não servem de nada, nunca serviram. Tu sabes, não preciso sequer de abrir a boca para saberes. E eu sei que tu sabes. Sabemos os dois.
E agora? Vamos ficar a olhar um para o outro até de madrugada dentro deste carro como já fizemos vezes e vezes sem conta ou vamos fazer alguma coisa sobre isto?