Para Costa, ilegalizar PCP é “inconcebível”. O suposto apoio à Rússia, não é motivo para tal, afirma o primeiro-ministro.
Numa conferência de imprensa, António Costa começou por afirmar que Portugal “tem uma postura inequívoca de apoio à Ucrânia e de condenação absoluta da atividade da Rússia”, referiu.
E continuou: “Apoiamos a investigação de crimes de guerra cometidos pela Rússia, mas a nós também nos cabe defender a democracia e a liberdade na nossa terra. Obviamente, não entraremos em Portugal num clima de caça às bruxas e respeitamos o pluralismo próprio que resulta da vontade livre dos cidadãos portugueses de escolherem os partidos em que votam”, disse.
António Costa acrescentou que “é claro para todos a profunda divergência que o Governo mantém com a posição que o PCP tem afirmado relativamente ao conflito da Ucrânia. Mas, da divergência política com o PCP passar para a ilegalização do PCP, é algo absolutamente inconcebível num Estado de Direito democrático, num regime democrático consolidado, onde o PCP deu um contributo importante para que este regime de democracia exista”, realçou.
Para Costa “faz parte de uma democracia que os partidos políticos tenham liberdade para fixarem as suas próprias posições. Posições das quais divergimos, mas que temos de respeitar no quadro da democracia”, concluiu.