Eu gosto de ficar sozinha em casa e não tem mal nenhum nisso.

    Eu gosto de ficar sozinha em casa e não tem mal nenhum nisso. Estar solteira deixou-me muito mais exigente e auto-suficiente. Eu não sei se é impressão minha, se é maturidade ou cansaço de me decepcionar, mas de uns tempos para cá eu descobri que não preciso de ninguém para me sentir feliz: eu gosto de ficar sozinha.

    Durante a minha vida eu passei muito tempo pensando que felicidade era estar acompanhada de outras pessoas e que estar fora de casa seria sempre a melhor opção. Eu sentia que se passasse a sexta-feira, o sábado ou os feriados em casa, estaria a perder tempo.

    E por isso, já fui em lugares lotados de pessoas vazias e que nada tinha a ver comigo; já fiquei pendurada nas redes sociais para dar conta de ‘soltar o like‘ nas fotos de todos os grupos de amigos, interagir nos chats do WhatsApp e ainda conseguir marcar presença no Instagram dos mais chegados… Enfim, já gastei muito tempo me obrigando a correr atrás dos outros só para ter companhia sempre. Mera bobagem, porque quem tem medo da solidão já está sozinho.

    Muitas vezes nós mendigamos por atenção de gente que não sente a nossa falta e adentramos em relações vazias e unilateral, onde nos entregamos tanto que saímos delas sem nem um teco de nós mesmas. E eu não estou a falar só das junções amorosas não, porque a verdade é que a gente também aceita pouco de amigos, de colegas e de colegas de amigos, tudo isso só para não ficarmos sós. No amor isso tem um peso extra, já que gostar por dois é como matar o coração com pedradas.

    Quando eu parei de depender dos outros e passei a valorizar a minha própria companhia, minha vida ganhou uma bagagem repleta de leveza e eu finalmente entendi que eu gosto de ficar sozinha e não tem mal nenhum nisso. Hoje posso fazer o que quiser, quando quiser e como quiser sem esperar por quem não quer fazer parte dos meus dias. Viver apenas com pessoas que me querem por perto me poupou de muitas decepções e abriu espaço para atrair um monte de coisa legal.

    Não estou a falar que devemos nos isolar e vivermos solitários o tempo todo. Muito pelo contrário. Só desejo que todas nós aprendamos a amar e aceitar a solitude – que nada mais é do que estar em paz com nós mesmas – e a ter uma catraca mais seletiva nos nossos relacionamentos. Quero que consigas parar de depositar a tua alegria em gente nada a ver; que quebre essas regras de que ser solteiro é sinónimo de todo fim de semana – obrigatoriamente – deva estar na rua; que não se sujeite a amizades tóxicas e a relações com caras nada a ver só para preencher um vazio que ele jamais será capaz de, sequer, tapá-lo com uma peneira. Quero que aprendas a demorar apenas em corações com reciprocidade e que pare projetar em alguém a atenção que não dá a ti.

    Aprender a amar a própria companhia, ou melhor, gostar de ficar sozinha é parar de se abandonar, é se libertar, é se fortalecer para viver relações que transbordem, e não que faltem.

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