Estudo aponta que três em cada dez pais consideram normal bater nos filhos. O estudo “Será que uma palmada resolve”, realizado pelo Instituto de Apoio à Criança (IAC), dá ainda conta que 30% dos progenitores “consideram poder usar-se castigos corporais em crianças”.
81% dos inquiridos considera que o não cumprimento de limites justifica bater na criança, seguindo-se o falto de serem malcriadas (81,6%) e não obedecerem (78,2%).
No entanto, “a maioria (95,5%) tem crenças que remetem para menor aceitação da punição física como estratégia disciplinar”.
“Os participantes mais velhos têm crenças que remetem para uma visão tradicional da educação — aceitação e uso de castigos corporais”, ao passo que “pessoas com níveis de estudos mais elevados têm uma menor aceitação do uso dos castigos corporais como forma de disciplinar”.
o estudo revelou ainda que “de modo geral, memórias de infância de maior rejeição parental associam-se a crenças que remetem para menor aceitação de castigos corporais na educação”.
De acordo com a IAC, o estudo vem mostrar “a importância do exercício de uma parentalidade consciente, sensível e positiva, aliada a uma disciplina eficaz e sensível, em que os castigos corporais não devem ter lugar”.