Desenvolvimentos revelaram novos elementos no caso de Mónica Silva e agitam investigações. O Ministério Público (MP) formalizou acusações contra Fernando Valente, apontado como o principal suspeito no desaparecimento e morte de Mónica Silva, grávida de sete meses, ocorrido em 3 de outubro de 2023, na Murtosa.
De acordo com a acusação, o caso foi investigado de forma minuciosa, resultando na apresentação de provas consideradas consistentes contra o suspeito.
Segundo o MP, Fernando Valente teria assassinado Mónica e o bebé que ela esperava por temer que “lhe viesse a ser imputada a paternidade e beneficiassem do seu património”. Para concretizar o crime, o suspeito tomou medidas para ocultar rastros, incluindo pesquisas na internet sobre como apagar conversas nas redes sociais com a vítima. Ele utilizou um telemóvel antigo com um cartão pré-pago e sem ligação à internet para evitar rastreamento.
Na noite do crime, Valente teria encontrado Mónica por volta das 21h00, levando-a para um apartamento na Torreira, onde o MP acredita que o homicídio ocorreu. Posteriormente, durante a madrugada, o suspeito terá transportado o corpo da vítima para local desconhecido, sendo este o principal ponto ainda sem esclarecimento. No regresso ao apartamento, Valente livrou-se de um tapete e dos pertences da vítima, tendo contratado um serviço especializado para limpar o espaço e eliminar vestígios.
O homem contratado teria usado produtos químicos potentes, como hipoclorito de sódio e soda cáustica, reforçando as suspeitas de tentativa de destruição de provas. Além disso, Fernando Valente enfrenta acusações de homicídio qualificado, aborto e profanação de cadáver. O MP exige ainda uma indemnização de 200 mil euros destinada aos dois filhos menores de Mónica Silva.